terça-feira, 5 de abril de 2011

Mimo

Eu não ouvia desculpas,
Agora elas são intermináveis.
O sorriso verdadeiro continua,
As palavras doces e sinceras também.
Mas tanta paz me atormenta,
Não sei o que quero, e quando tenho 
Não sei por que preciso.
Se as desculpas não apareciam,
Agora elas existem.
Mas a intensidade, causa espanto e cansaço.
Pois promessas você faz,
Diz que vai cumprir,
Mas isso não acontece,
Vira tudo uma bola de neve,
Que ocupa um lugar.
Eu não preciso de mimo,
Preciso é de ouvinte.
Por que eu falo,
Mas cadê você pra me escutar?
E tudo que era pouco,
Aos poucos aumentou.
E o amor que ele me tinha,
Você bem mais me mostrou.
Sinto vontade de equilibrar,
Não preciso do que quero,
Preciso parar de precisar.
Já tenho tudo,
Mas parece que não tenho nada.
Me sinto em falta,
Muita falta de tudo e também de nada;

Amanda F.

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