quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

If one dies of love, yes.

Por que você não é como ele.
Você me entorta.
Me traz pra vida real.
Me diz coisas sujas.
Me seduz com o seu verbal.
Você não pede desculpas.
Suga minha alma e desaparece.
Me deixa com saudade.
E volta, mas me esquece.
Você não é como ele.
Porque você acaricia o ombro.
Briga na hora errada.
Você não tem paciência.
Me despe e me envolve.
Não entende meus olhares.
E testa minha fé.
Me põem em prova de fogo.
Me deixa exausta.
Me revive de novo.
Você nunca será igual a ele.
Você é humano.
Você erra.
Nunca mentiu em ser do seu jeito.
E é por isso que o amo.
Por que você não se importa.
Sua ferida é minha.
Minha ferida é sua.
Você sou eu.
E eu me achei em você.
Nada mudou.
Exceto o amor.
Hoje você o salvou.
E acabou me libertando.
Se hoje sou o que sou.
É por culpa daquele que nos suicidou.
Se se morre de amor, sim, se morre.

Amanda F.

Pausar

E o mais engraçado é que tudo que leio serve como luva, uma luva de box que me esbofeta de jeito. Sou insegura. Parece que tudo que acontece me afeta. Não aceito certas coisas, mas as deixo rolar. Sou estranha. Mas isso não foi pra falar de como ser estranho ou algo do tipo. Se é ou não bonito. É só: sou estranha e ponto. Tenho manias, como qualquer garota da minha idade. Costume ler poemas, me identificar e vivê-los. Sou muito frágil, mas também sou muito má. Uma estranha perfeita. Ou não. Falar sobre mim nunca foi algo admirável. Odeio biografias. Odeio forçar as coisas. E me odeio por teimar. Dá vontade de rir das minhas desgraças. Dá vontade de chorar das minhas ilusões. Dá vontade de sumir, ir pra outro livro e me imaginar na historia mais romântica do mundo. Seria muito bom viajar. Ir pra algum lugar que me faça pensar. Preciso pensar. Mas já penso demais. Preciso ousar, mas não sou capaz. Preciso de tanta coisa. Preciso parar de me torturar. São coisas que só eu sei o que rola. Não sei se me enrolo, ou deixo enrolar. Deveria aprender, mas costumo errar. Deveria esquecer, mas sou a primeira a pensar. Deveria viver, mas insisto em me matar. E o mais engraçado é que tudo não passa de um pesadelo. Onde acordo e vivencio sem pausar.


Amanda F.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Camuflagem


E dessa vez será tudo calmo.
Meu silêncio falará por mim.
Só o pulsar do coração saberá.
O quanto de amor existe.
Não vou gritar, não vou publicar.
Oficializei em meu interior.
Que é pro amor ficar sublime.
Na marisia do que será daqui pra frente.
Vou deixar debaixo das cobertas.
Só nós saberemos.
A inveja tem ouvidos, pequeno.
Vou falar que te amo por olhar.
Você vai entender e demonstrar.
Não me falta nada, encontrei meu ar.
É melhor deixar como está.
No silêncio a gente se entende.
O segredo é camuflar.