sábado, 20 de fevereiro de 2016

Dona de mim


Sou dona de mim.
As armaduras pendurei.
Vim aqui de cara limpa.
Dizer quanto tempo esperei.
Pensava estar enlouquecendo.
Meus olhos vazaram angústias.
Rotineiramente.
E hoje estou exposta.
E as coisas ficaram claras.
Não me espanta mais.
A sua, a nossa farça.
Dos dias felizes, das noites em claro.
Da contradição implícita.
Sou errada sim.
Não neguei por um dia.
Mas nesses últimos, me escondi.
E a dor só faz crescer.
Latente em uma ferida recente.
A trágica historia se repetindo.
As cortinas reluzindo,
A ausência de mim.
Resolvi que não acabaria.
E lutei, estou em luta.
Se é pra ser justa,
Que se faça a vinda.
Minha vinda e sua partida.
Não quero e nem vou implorar.
O amor é dado sem esmola.
Sou minha e não mais tua.
Aceite e vai,
Chegou a sua hora.

A.F

TOP 10 = Dear (9º)

Poderíamos ter ido além do arco-íris.
Ainda falta muito tempo para o fim, dear.
Mas se olhar bem no fundo verá.
Eu ainda sinto o que sempre não permiti.
Minhas palavras sem nexos querem me conduzir.
E porque eu não deixo?
Sem você eu não seria essa canção de amor.
Não teria luz no luar parisiense.
O mundo realmente acabaria.
E porque ainda não acabou?
Venha até mim.
Conte como foi seu dia.
Faça-me enxergar além do seu corpo.
Eu sei que ainda temos muito.
Basta você compreender que sempre será eu.
Eu, sua saída de mestre.
Nós, uma aventura de amor.
A vida inteira pela frente.
Dear, não diga que acabou.

Amanda F.