domingo, 22 de novembro de 2015

Lê-se amor


O amor é cheio, nós vazios.
Enchemo-nos dele, e ele se cansa de nós.
Prefere os laços, que são frágeis.
Temos um medo de romper-se.
Atamos, e nos precipitamos em nós demais.
Quando nos vemos dentro dos medos,
Das voltas e reviravoltas que trás,
Nos damos conta, que a ponta deveria estar solta.
para irmos e virmos.
Para eles irem e voltarem.
Para o amor se encher cada dia mais.
Para tudo não ser mais uma historia.
E ser realidade, dentro e fora.
Mesmo assim tememos por nós,
Por aqueles outros de lá.
Tememos por nos perdermos,
E não mais nos encontrarmos.
Mas o mundo, meu querido, gira.
E é tão bonito circular.
Um dia nessas avenidas frias,
Vamos nos encher, para não mais esvaziar.

P.S.

É assim que vai ser


Quando acordei beijei você.
O gosto de café, ainda sinto.
A temperatura do teu corpo.
Os sons do te sorriso.
Aqueles braços que me cobriram.
Talvez recitaram uma antiga canção.
De modo que adormeci sorrindo.
E acordei sonhando então,
O sol veio de mansinho
Me deixando em pé.
Caminhei descalça,
Peguei o nosso café.
A tapioquinha no prato,
E tudo feito por amor.
Tinha o melhor sabor,
E eu te abracei de volta.
Aquela sensação de paz.
Voltando pra mim, indo até você.
Em um balanço de rede,
Lá no quintal da nossa casa.
É assim que vai ser.

A.F.