quarta-feira, 20 de julho de 2011

miau.

Uma gata selvagem tem lá seus medos.
Ela sabe muito bem como evitar olhares.
Pois no fundo a verdade é ocultada.
Para o brilho dos atrativos realçar.
Se chora derrama seiva bruta.
Da flor mais linda e perigosa que é.
Mas não pise no calo dessa dengosa,
Ela só tem a cara, mas não é.

Amanda F.

Arma de fogo

De vez em quando nos armamos.
Para não cair nas pedras dessa vida sem asfalto.
Pisamos com cuidado; talvez exista dinamites ativos.
Tantas bombas nucleares ocultam a visão do dia.
E o sol - coitado - sem função quer queimar.
E tudo de repente fica mais quente.
O mundo abafado de fumaça de fogo; dispara mais uma vida.
Aumenta a pressão; a necessidade de sobrevivência.
Quem não se apoiar em Darwin irá perder.
Porque arde, mas passa.
Só os aptos irão sobreviver.

Amanda F.

venit amor


Se te amo isso já sabes.
Então eu busco outras maneiras de te manter
Sempre ao meu lado; comigo em tudo que faço.

Você ás vezes ingênuo me olha.
Atraido por minhas aureas,
Pelo corpo; assim já desfaz a ingenuidade.

Ah, eu sei muito bem.
Você depende de mim,
Como eu mesma de ti dependo.

Nosso amor é forte; dói pensar em não ter
Seus braços para me aquecer no frio-solidão.
Sua boca para me dizer que é amor.

Um laço invisível une.
E tudo torna-se tão simples.
Um em dois; fácil de contar.
Eu amo somente você.

Amanda F.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Eterno :)

Tudo passou tão rápido; eu vi ele crescer.
Primeiro descobrindo o mundo; encantando-se na magia.
Com companhias duvidosas; outras nem tanto.
Amizade ele me ensinou; juro que aprendi.
Então o que basta concluir?
Simplesmente a melhor história que o mundo poderia ver.
Três jovens bruxos; amigos inseparáveis; a maldade em forma bruta.
Junte tudo isso e encontre-se nesse mundo.
A magia iniciando tudo.
Onde a imaginação é ilimitada.

Harry Potter...
Um tudo que nem o todo explica a mínima parte do que significa na vida de tanta gente.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Satisfação pessoal

Porque no fundo
O que se escreve não necessita de leitores.
Basta que o ego se satisfaça.
Que o coração traduza em palavras o que se sente...

Amanda F.

Amarras

Deixa então que o frio bata no meu peito.
Que as lágrimas escorram lentamente em mim.
Permita que eu não suje suas idéias.
Seus escritos; seus por fins.

Eu camuflo a verdade escancarada.
Do coração mais machucado que existe.
Eu tiro, limpo e desfaço todas amarras,
Para assim você ser feliz.

Estou disposta a renegar amor.
Esquecer que um dia foi céu.
Eu cubro a boca de rancor; ódio; féu.
Deixo você seguir sem mim...

Amanda F.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sem pontos

Apaixonada sinto-me assim
Resolvi escrever sem pontos de conclusão
Porque assim talvez seje transparente
Mostre de verdade o que eu sinto
Apesar de saber que nada explique isso aqui
É forte maior tão grande
Então eu amo
Apaixonada
Vivo intensamente essa sensação
De ter e possuir
Sem pedir e sempre permitir
Confrontar sem medo de tentar
Pra ganhar e nunca render-se
Pois no amor tudo vale a pena
Sinto que agora estou realmente completa


Amanda F.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Diferente

Você parece cansado.
Teus olhos são espelhos que refletem dúvidas; intrigas do coração.
Pode ser mania de tentar entender-te.
Mas no fundo eu sei que algo está diferente.
Teu gosto não é mais o mesmo.
Teu cheiro está me fazendo mal.
Teu toque está mais contido.
Tuas palavras o vento leva.
Tua pele já não cola de maneira habitual.
Nem o corpo está respondendo, chamados antes não necessitados.
Algo está errado, eu sei.
Mas eu insisto em você.
Na tua boca que deixa vestígios de amor.
Não posso aceitar que esqueceu.
Mesmo que não tenha o cheiro, gosto e cola.
Mesmo que ainda cansado esteja.
Vou querer-te sempre mais.
Eu não vou entregar-te de bandeja.
Aceito outros sabores; mesmos aqueles insípidos.
Aceito mudanças se vierem de ti; pra mim; só pra mim.
Fecho meus olhos; finjo está normal.
No fundo eu sei; algo está errado...

Amanda F.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Necessidades extremas

Confusa da cabeça aos pés.
Entre colapsos de paixão e desesperos da perda.
Uma jorrada de sensações.
Uma cabeça pequena de grandes pensamentos.
Sinto que vou explodir.
Tudo sobre meus ombros.
Toda responsabilidade que vem comprimindo meu corpo.
Nem durmo sem pensar no tanto que preciso.
É necessidade extrema de conquista.
Por isso prefiro não dormir; sequer fechar os olhos.
Tudo passa tão rápido.
Eu não quero ficar para trás.

Amanda F.

Melhores

São duas irmãs gêmeas de mães separadas.
Quando machuca uma, a outra está ali pra sarar.
Amigas.
Lindas em suas palavras de conforto e esperança.
Unidas por laços invisíveis de amor.
Sempre, apesar da distância.
Tudo por ser simplesmente confidentes.
Por sentir tudo que passa na mente de cada uma.
Pela vida que já trilharam juntas.
Pela amizade que sustenta as duas meninas.
São amigas, unidas e melhores.

Amanda F.

Ferida aberta

Inquieta ela olha sobre a pequena janela.
Observando um horizonte laranja.
Algo que realmente a deixe feliz.
Por dentro está tudo frio.
Sua cama; seu peito.
Ela se contenta com o horizonte que passa.
Única visão que supre uma dor que não sara.
Calada ela volta pra fria cama.
Encosta seu peito gelado no cobertor.
Fecha seus olhos de vidro e dorme.
Seu coração inquieto novamente rasga.
Só dormindo ela pode anestesiar sua ferida aberta.

Amanda F.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sempre assim

Observo sem querer quando me olhas com prazer.
Eu vejo um fogo; algo que atrai.
Tenho medo de atrações tão calorosas.
Eu sou medrosa; você sabe muito bem.
Daí eu fico sem jeito; digo pra você parar.
E é tão lindo quando diz que fico linda quando tímida estou.
Somos dois bobões; apaixonados...
Eu brinco com seus cabelos; você já me disse pra parar.
Eu também sou teimosa; eu insisto em te pertubar.
Ficamos os dois á brigar.
Quantas brigas, não?!
No fim sabemos o resultado.
Desculpas e carinhos.
Sabemos o que cada um precisa.
Somo mais fortes juntos; mais felizes...
Então não adianta nada,
Se não estiver junto á mim.
Promete ser assim pra sempre?
Não me deixe só jamais.
Sou tão dependente desse amor.
Sem você eu não sei...
Porque na tristeza, és o ombro.
Na alegria o primeiro a me fazer rir.
Sei que sou teimosa e medrosa; tímida também.
Mas sou tua.
Só tua, de mais ninguém.

Amanda F.

Mentiras

Porque insistimos na verdade?
Se tudo são castelos de areia molhada.
Tudo que escapa das mãos; tudo mentiras frouxas...
Em volta sorri a hipocrisia.
Eu fecho a alma e alivio a ilusão.
Depois anoitece e de novo o medo volta.
A fúria das mentiras.
Do papel riscado coberto de anotação disfeita.
Das migalhas secas; das lágrimas vivas.
São pontes frágeis; longas horas de pavor.
Cansei da verdade.
Dói saber que tudo era falso.
Era plastificado; nada concretizado.
Mas isso é bom pra aprender que nem sempre são flores.
Ás vezes é mato.
Mata, dói e rasga.
Depois passa; volta e adormece.
Eu durmo enfim, pra dor e medo passarem.
Pra acreditar que era verdade.
Pra acordar e sentir a mentira que gira, gira sem parar.
E sim, porque insistir na verdade ?
Porque assim anestesia a ferida que cresce e perdura na mente, alma e coração.

Amanda F.

domingo, 3 de julho de 2011

évier


As árvores secas da paisagem desse quadro representam meu coração; antes vivo, hoje assim: seco e frio. Meus olhos novamente querem lembrar-me a dor; o ácido que circula na veia do coração esquecido. Ando mais devagar; não quero esquecer esse lugar. Foi onde eu conheci alguém; o mesmo alguém que preciso esquecer. Essas obras, esculturas e cores podem ser convidativas para a alegria momentânea; nem assim consigo ver motivos para sorrir. Sinto-me a solidão em carne; muito sangue e carne; tudo corrompido de amargura e vazio. Então piso lentamente nesse chão; não desejo afundar. É areia movediça essa terra; que suga e faz-me sofrer cada vez mais.
Inundada de sofrimento; extinta de amor. Levo então tudo para dentro; enterrando sempre mais o que me inunda de dor. Vou seguindo; pelo menos tentando. A verdade é que nem sei se conseguirei ir. Estou presa aqui, por ele; sei que não virá por mim. Novamente o coração; sempre ele vem julgar-me. Afundo lentamente; estou sumindo - eu sei que sim - sumindo, morrendo aos poucos sem notar que é o fim.
Amanda F.

sábado, 2 de julho de 2011

Madrugada

Na madrugada eu reflito meu dia passado.
As palavras que engoli; aquelas que cuspi.
É na madrugada que enxergo de verdade as estrelas.
Um céu límpido e diferente vem acalmar-me.
Sou mais alma, serena; na calada da madrugada fresca.

Amanda F.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Logo após

Logo após de você sair.
Uma escuridão noturna, sem lua invadiu-me.
Sem lua e chão; sem nada.
Simplesmente saiu e deixou-me calada.
Tristeza; mágoa; feridas escancaradas na pele interior.
Minh'alma chora pela ausência que ficou.
Culpada. Sinto-me assim.
Meu amor partiu e nada fiz para impedir.

Logo após sua partida, derramei  chuva do coração.
Mas a escuridão se desfez; transformou-se em penumbra.
E logo revi suas feições.
Senti novamente o cheiro de suas roupas molhadas pela chuva.
Percebi que voltara pra mim.
Não sei se foi pela chuva que caira; pelo medo de perder-me.
O importante é que voltou.
Só pra mim; para meus braços.

Logo após te rever não pude controlar.
Insanidade de possuir o que pensei não mais tocar.
Beijamo-nos como animais; loucos e com paixão.
Prometemos nunca mais brincar com o coração.
Juramos ser eternos; sem mais despedidas.
Porém, acordo e não te vejo mais.

Logo após de despertar.
Percebi que era pela chuva; pelos pingos, pela noite; nada por mim.
Ingênua; pequena por amar demais.
Sentei-me e esperei pela noite.
Talvez na penumbra reveja o homem que amo.
Nem lua, nem chuva apagarão minha ilusão de possui-lo.
Por mais uma paixão torpe eu vivo.

Amanda F.