quinta-feira, 29 de março de 2012

Terra de ilusões

Arrastamos nossas almas nessa lama seca de vida. Todos na corrente infinita da rotina perpétua; prisão perpétua...No lugar que sonho não me vejo assim; são flores brancas meu jardim de rosas. Essa sombra da lua nunca me ouviu reclamar, mas ultimamente estou á disposição do frio dessas pedras. Por pura sorte ainda respiro o mesmo ar que ronda minhas artérias. Não tenho mais alegria para ver o sol acordar. Nem mesmo o sorriso verdadeiro de anos atrás. Vão todos pro mesmo buraco, de que adianta então? Se já sei que nada é verdade nessa terra de ilusões.


Amanda F.

terça-feira, 27 de março de 2012

Anestesianismo

Procuro motivos para ainda amar.
Um cara que só me faz sofrer.
Dói sentir que ele não sente.
É anestesiado contra amor.
Tentei várias vezes contornar.
Toda essa minha convicção.
Mas o coração não quer ouvir.
Os gritos da minha razão.
Foram madrugadas vistas.
Não sabia o que era dormir.
Inconsciente da vida.
Dedicando todo meu tempo para ele.
Então, porque ainda procuro saída ?
Se sei que vem dele essa negação.
Sou cega, muda, surda e doida varrida.
Completamente anestesiada de paixão.


Amanda F.

domingo, 25 de março de 2012

Não posso viver


Só basta me tocar.
De um jeito particular.
Pra eu derreter...
Só basta me olhar.
Com seu brilho único.
Pra eu me perder...
Só basta te sentir.
Deliciar o seu aroma.
Pra eu entender,
Que é amor.
E sem ele não posso viver.


Amanda F.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Choque

Só um beijo quente me tira do chão.
Leva meu corpo pro céu.
Nesse êxtase infinito.
As mãos suadas, as costas nuas...
No passageiro momento de prazer
Desvendo as cores inexistentes.
Provocando choques em mim, em você...

Amanda F.

segunda-feira, 19 de março de 2012

De dia de um jeito, de noite de outro.

Aquelas rosas amarelas são minhas.
O sol que as torna divinais, são sóis.
Os brilhos desse céu límpido.
Todo aroma que expira desse corpo.
A minha sublime imaginação.
Sustenta toda minha dor.
Que não transparece no papel.
No sorriso da manhã.
A lua, ela sim reconhece.
Calo-me nas noites de lua cheia.
Não desejo dividir minhas tristezas com ninguém.
Sou retida nas sombras dos meus sorrisos.
Sorrisos esses que saem por sair.
Forçada pelos sóis das rosas amarelas.

Amanda F.

Ácido

Não seremos crianças imaturas.
Dois estranhos indiferentes.
Fomos uma parte da história,
Que agora está sendo escrita com outras cores.
Você sente muito.
Eu mais que muito por nós.
Caminhos que não se cruzam.
Olhares vazios.
Esse início do fim.
Só não faça como sempre.
Rindo do revés.
Guarde para ti as palavras ácidas,
Que sente prazer em derramar em mim.

Amanda F.

domingo, 18 de março de 2012

Ponto final

Foi a última gota de sangue.
Meus olhos já secaram.
O coração nem sei o que faz em mim.
Você destruiu tudo que sonhei.
Sei que fiz tudo pelo nosso amor.
Mas como sempre os mesmos erros.
As mesmas palavras mentirosas.
As mesmas dores.
Agora preciso viver sem ti.
Sem os planos que me fez construir...


Amanda F.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mulher sois

Independência no olhar.
Uma determinação invejável tens.
Suas sofridas situações não te abalam.
Carregas no ventre sonhos.
Possui o mais perfeito sorriso.
Uma harmonia na voz.
Mulher serena, doce, forte!
Seus lábios carnudos de amor.
Ás vezes vulcão e outras tempestades.
Não existe mais linda criatura.
No andar transparece a beleza.
Sábias e guerreiras.
O ar que o mundo respira.
A rosa inculta na alma sofrida.
Deusas simplesmente.
Mulher que cuida, protege.
Mulher que chora e enxuga lágrimas.
Mulher que ama, mesmo não merecendo.
Mulher que não se importa com o porém.
Faz, por seu poder natural de ser
A maior maravilha da criação.


Amanda F.


PARABÉNS MULHERES !

Carinhoso

Você afunda os lábios nos meus.
O momento não durável desse prazer,
Fez as fantasias acolherem nossos corpos assim.
De repente me vejo presa nas suas vontades absurdas.
Mas, eu sempre te dei.
Dei meu amor incondicional.
Minhas palavras amorosas.
Meus cuidados pacientes.
Minhas esperanças.
Meus sonhos.
Não cobre o que não cumpre.
Mudanças são naturais.
Não force as minhas mãos.
Deixe fluir nosso curso.
Amor assim como o nosso,
Não se vê, sente, encontra facilmente.


Amanda F.

domingo, 4 de março de 2012

Encontramos amor em braços alheios

Encontramos amor em braços alheios.
Entregamos nossas esperanças, sem medo.
De repente o céu caia e nos deixa sem ação.
Os muros enfeitados de flores desabam.
Todas as expectativas perdidas pela tempestade.
O coração isola-se e nos leva para sua prisão.
As noites são infinitas tormentas.
Todo mar agita-se em nossa cabeça.
Nada é tão simples e fácil de resolver.
Por amar profundamente nos perdemos dentro do outro.
Devendo para nós mesmos.
Sempre querendo mais do que precisamos.
Nos enganando e dependendo desse sentimento.
No amor não interessa entender.
Basta apenas aceitar.


Amanda F.

Menina...

Como brilha esses olhos rubis.
De um azul piscina estonteante, menina.
Só de imaginação vives.
Inocente aroma de jasmim.

Ele chegou sem avisar.
Roubou seu tesouro, coração.
Deixou seu aroma no ar.
Mas suas lágrimas ainda não secaram.

Não chores assim.
A alma pequena  existe.
Mesmo que não faça sentido viver.
Não se morre por amor, criança.

Amor que ficou em sua mente juvenil.
Levante seus olhos lindos e fixe o horizonte florido.
Há motivos melhores para superar.
Menina, seu coração ainda é capaz de verdadeiramente amar.


Amanda F.

sábado, 3 de março de 2012

Amor que não conhecemos


Se o amor nunca foi o que sempre soubemos.
Nada fará diferença agora.
Não é amor, nem sofrimento pequeno.
Somos os nós da nossa própria garganta.
Uma simples e abstrata tragédia grega.
Nosso corpo suga as luzes das noites.
Por um amor que nunca existiu.
Meus poetas e os dons divinais.
Não respondem as minhas lamúrias.
Sou um ser aprisionado em jaulas de cristal.
Frágil e muito segura.
No peito as batidas rotineiras.
O sol á noite não me acordou.
Sou banhada de canções serenas.
Desse nosso frio amor.
Amor que não conhecemos.
Não fiquemos assim tão nus.
Expondo a ignorância do coração.
Abrigando as dores que nos seduz.


Amanda F.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tiempo

Reviver torna-se um sacrifício.
Buscar saídas para o novo.
Sobre mistérios, eu sou medrosa.
Sobre amor, eu sou teimosa.
Das juras que um dia ele fez.
As noites longas que com ele arrisquei,
Foram as mais lindas, eu admito.
Por isso tenho medo nunca olvidar.
Medo de tentar outra vez.
Não quero mais cacos nesse coração,
Que tão frágil pede socorro.
Então não mande flores, nem bombons.
Não me faça sorrir, e depois murmurar canções de amor.
Não é culpa sua que eu seja assim receosa.
A culpa foi daquele que  um dia me magoou.
Vou colher minhas flores murchas.
Restaurar esse jardim, que foi mi corazón.
Tempo é do que preciso.
Para entregar-me inteiramente.
Sem temer e duvidar do seu querer evidente.

Amanda F.

Portas bem abertas

Deve ser difícil estar aí. Olhar para fora e não enxergar nada, além das luzes fortes que iluminam caminhos que você nunca andará. Um ar puro poder respirar; você isso não sentirá...
Quando tinha minha alma, minha dependência, meu corpo, você abusou de tudo. As suas mentiras, o seu caráter falho foram me esgotando, e te afastando do meu sonho para nós dois. Agora está mergulhado em seu próprio veneno, e não conseguiu me afogar.
Hoje a vida sorri para minhas ideias, minhas palavras e atitudes. Sou alguém renovado, cheio de planos e metas. Talvez seja você culpado, dessa minha mudança interna, ou foi a vida que resolveu me convidar para dançar em outro ritmo. Desse eu gosto, é esse que eu sempre esperei. Vou me divertir, beijar e libertar todas as portas que por você fechei.


Amanda F.