quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vulcão

Sufocada; calo-me aos teus olhares de vulcão.
Você ameaça; machucada entre lágrimas fico.
Depois quer ao meu lado deitar-se.
Nada!
Nada do que fizera - antes - se lembra?
Você mentiu; brigou; obrigou-me!
Eu feito tola aceito; porque aceito?
Pelo amor que não existe?
Não...É medo; um medo de perder.
A vida; a minha vida.
Pare de gritar; eu ainda posso ver-te, ouvir-te.
Mas falar, não.
Estou sufocada; calada pelos teus olhares de vulcão.

Amanda F.

Boca-marfim


Meus lábios-marfim debruçam-se sobre ti, meu amor.
Contando-lhe a vida que perdi; não existias pra mim.
Agora que posso tocá-lo; vê-lo e tê-lo.
Agora sim posso sorrir.
Não deixes que durmam nossos planos; que apaguem nossa história tão linda.
Nem permita os pesadelos insanos, ferir e deixar marcas.
Apenas venha... Sinta meu corpo, ele pede por você.
Seja sensível para ouvir todo o amor que expiro em te ter.
Entregue tudo o que importa e não importa para mim.
E tudo que desejo será seu, meu - nosso! - até o fim.
Abrace-me como se não houvesse o amanhã.
Não haverá, eu acho...
Então sejamos adolescentes! Jovens loucos e sem dinheiro.
Somente alma e coração para ser e possuir o mundo.
Um mundo tão absurdamente enorme para os olhos, mas
Pequenos para os sonhos que temos.
Meu amor, a boca debruçada ainda vai começar a satisfazer.
Digo, repito e faço pra ti o que bem quiser...

Amanda F.


domingo, 26 de junho de 2011

Revolts?!

Então foda-se a língua afiada da vizinha!
Foda-se os olhos enormes de vontades!
Todos os perfeitos explodam em seu egocentrismo exacerbado!
E a desunião fique bem longe de mim,
Por que atualmente estou afim é de soltar-me.
Livrar-me de amarras imaginárias da obrigação.
Ter meu espaço; ser o que bem entender.
Calar a boca em um só gesto.
Rir e não sentir vergonha de chorar.
Dizer sem medo de correções inúteis.
Afinal: a vida é minha e as rédeas eu imponho.

Amanda F.

sábado, 25 de junho de 2011

Affs!

Sejamos francos!
Não quero mergulhar minha sensatez para livrar-me de repugnâncias.
Estressar-me com questões mínimas.
Explicar oque nem mesmo pensei ter explicação.
Sejamos francos!
Não sejamos assim tão corretos; sarcásticos...
Pulemos as demoras de inutilidades.
Levemos tudo ao pé da letra?!
Talvez... Ou talvez não.
Vamos deixar um pouco de querer ser algo que não somos.
Vamos todos criar vergonha na cara!
E parar de se meter onde não somos chamados.

Amanda F.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Menina dos olhos

Inocente e cálida; a menina dos olhos suspira.
Vagando em corpos; sentindo as correntes do amor.
Como uma dança; gira feito bailarina, mas não fica na ponta dos pés.
Ela é tão jovem; desconhece um mundo.
Um mundo novo e mágico.
Cheio de sabores e vontades; fica difícil de optar.
Mesmo assim a menina decide.
Ela chora em meio ás sua decisões; precipitadas ou não.
Ela sorri quando sente-se bem.
Sempre muito curiosa e inconstante.
Tão impura em seus devaneios e excessos.
Ainda imatura por nunca saber o que é certo.
Uma muleca; sujeita á erros e tropeços.
Uma menina; delicada; venenosa; inquieta em seu pensar.
Simples anjo; borboleta de pulso firme; caprichosa em enganar.

Amanda F.

Frustrés


Lágrimas suaves deslizam sobre mim.
Amarguradas e constantes...
São salgadas; umedecem meu colo.
O mesmo onde mergulhou sem mais querer voltar.
Cerram minha boca.
A mesma que beijou sem cessar.
Pronta para cair do mais alto penhasco.
Ferida; perdida; desiludida dos amores frouxos e cruéis.
Resolvi pular!
Assim olvido as dores que não saram...

Amanda F.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Minha terra é dos Românticos

Minha terra é dos românticos.
De um ar mais puro; de fantasias irreais.
Meu mundo é do amor.
Nas palavras sutis; nos beijos imortais.
De morros verdejantes; pastos mais límpidos.
Das noites de luar; estrelas reluzindo.
Minha terra é dos românticos.
Perfeita no ego; somente em sonhos posso encontrá-la.
Uma vasta e linda terra.
Canto; brinco; imagino mil palavras para um poema recitar.
Meu mundo sempre vivo na imaginação dos enamorados.
É nesse terra que pretendo pra sempre estar.

Amanda F.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vanity !

Essa necessidade de ser vênus rompe-me.
Obssessiva por beleza sobrenatural.
Não contento-me com a normalidade humana; almejo deuses gregos.
Busco perfeições; brilho!
Pinto os lábios num tom vermelho sangue; ás vezes é fogo!
Sou barbie; porcelana frágil.
Deliciosa; delicada em cada rebolado.
Ando e expiro minha beleza forçada para o exterior repugnate que ignoro.
Inútil em minhas pérolas; vaga em minhas roupas caras.
Luxúria; vaidade!
Reluzente nas passarelas da vida.
Sorrindo e sempre desejando ser mais, mais linda e perfeita.

Amanda F.

Leitura é fundamental ;

Pecadora




Tinha no olhar cetíneo, aveludado,
A chama cruel que arrasta os corações,
Os seios rijos eram dois brasões
Onde fulgia o símb'lo do pecado.

Bela, divina, o porte emoldurado
No mármore sublime dos contornos,
Os seios brancos, palpitantes, mornos,
Dançavam-lhe no colo perfumado.

No entanto, esta mulher de grã beleza,
Moldada pela mão da Natureza,
Tornou-se a pecadora vil. Do fado.

Do destino fatal, presa, morria,
Uma noite entre as vascas da agonia,
Tendo no corpo o verme do pecado!





Augusto dos Anjos.

Guerra particular

Verti as alucinações da alma.
Vesti armaduras de papel.
Ousei em radicalizar.
Ouvi sem poder escutar.
Minhas armas descartáveis; inúteis contra seu poderio bélico.
Render-me não posso; as armaduras são frágeis mas aguentam.
Tudo em volta reluz e dissolve meu espaço.
Porém, transfiguro luta; nem bandeira branca faz-me desistir.
Toda noite em vão; sendo ramalhete seco em seu vaso de barro.
Posso perder; murchar bem mais.
Torno-me rosa brava sem espinhos cortantes.
Revestida de papel; cintilando a luz ofuscada.
Sangro. Deixando meu território - sem valor - aos teus domínios.
Perdendo meu nada; que nem o nada quis pra si.

Amanda F.

Soul

Tudo azul. Tranquilo; um lugar para dois.
Muito calmo. Esquecido por todos e buscado por nós.
Venha! Vamos mergulhar nas lagoas misteriosas desse espaço.
Profundo...Sentir na pele a água dormente; água deliciosa.
Venha! Banhe-se comigo; sem se importar com o corpo; só alma.
Unidos dentro de um paraíso de paixões vaporosas.
Intermináveis sensações de frescor campestre.
O sol e sua luz insistem em nos privilegiar; um sol quente e tão sublime.
Nossos corpos já fundidos se confundem em magia; suspiro nas brisas desse mar.
Tudo bem azul, tranquilo e eterno como o amor.
Suave; aqui nós podemos sonhar.

Amanda F.

sábado, 11 de junho de 2011

ossessiva per voi

Acordei cansada; minhas pernas lentas, fracas.
Atordoada; impulsiva; elétrica.
Misturando desespero com voracidade obrigatória.
Uma convulsão de sentimentos e sensações.
Sinto-me diferente.
Algo sobrenatural; mais amor; mais que tudo.
Estou ao teu lado e aceito.
Sei a resposta para tanta contradição matinal.
Você.
Único culpado das alucinações.
Responsável por todo gosto e malícia nos lábios meus.
Corro para entregar-me logo.
Deliciar o sabor de amar-te.
Não quero despertar tranquila; normal; sensata.
Preciso enlouquecer; acordar ao seu lado todos os dias.
Sem saber o porque de tanta necessidade obsessiva.

Amanda F.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Coadjuvante

Pensei em escrever este texto; cansei de jogar palavras ao vento frio e tenebroso. A rua está vazia; pessoas repartem seu vazio, circulando sem rumo. Mas, não sou assim; nem sei quem quero ser; quem posso ser.Decidi apenas escrever versos de suspiros e desejos carnais; um amor antigo - primeiro amor - aquele que jurei ser eterno. escrevo por tudo que amei nele; pelas juras imaturas e vagas. Nos beijos ingênuos de criança que dávamos, resta a lembrança.
Também resolvi escrever o caso mais recente; agora mulher - não mais criança - nem pura, apenas angelical. Das horas de calor com um homem que amei; aquele que trouxe-me verdades que desconhecia; prazeres que almejava. Mas foi um amor de lacunas; de princípio, meio e fim.
Por tudo que meus casos amorosos significaram, escrevo; precipito-me afirmando saber de sentimento e homens; engano-me - no fundo sei - mesmo tendo mil bocas, cheiros e corpos, nada - nada! - ensina o ato de amar.

Amanda F

Cabeça

E se eu disser que vem da cabeça;
A excitação, arrepio e pulsação acelerada.
Se eu afirmar que meu coração,
Nem culpa tem de chorar por seus problemas.
E quando você beija; além de mim - nada - existe em você.
E se eu obrigar os teus medos a se dividirem?
Você passa para mim o que te aflinge;
Ajudo-o em que precisar.
Estou aqui pra facilitar a sua vida.
Excitar a sua cabeça.
Beijar a sua boca!
Repartindo anseios que vejo em seu olhar...

Amanda F.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Meu


Sua boca diz um pouco do que seu corpo faz.
Andas em mim; observa-me atentamente.
Você finge não se importar; eu sei que tudo que deseja sou eu.
Então usa-me de maneira cruel.
Pisa nas feridas que a vida já me deu.
Depois trata-me bem; beijando-me novamente.
E toda amanhã diz que não voltará.
Mas quando a noite chega está aqui.
Dizendo bobagens; fazendo carícias.
Fala que não sirvo pra você; segura-me forte!
Joga-me na cama.
Depois entrega-se...
Eu sei que é meu; você é meu!
Lembre-se que também sou sua.
Pode morder, gritar, odiar!
Mas você volta pro braços da mulher que ama.
Eu sempre estarei aqui á te esperar.
 
Amanda F.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Contos de fada

Vou trilhar uma viela.
Passar por pontes, castelos e cinderelas.
Caminhar entre príncipes, animais falantes.
Morder maçãs e calçar sapatos de cristais.
Acreditar em contos de fada.
Utilizar coroas e ter espelhos mágicos.
Sentir-me adormecida entre rosas.
Dançar entre cores, brilhos e fantasia.
Abusar da felicidade utópica.
Ser uma princesa imatura,
Boba, fácil e linda.
Possuir amigos imaginários.
Acreditar em amor verdadeiro.
Sem pensar em regressar do sonho,
Para esquecer a realidade de pesadelos.

Amanda F.

Sugada



Resolvi rasgar o verbo.
Expor meus instintos secretos.
Tatuar, beber, gritar, fumar...
Pra quem sabe alguém me notar.

Cambaleando nos trilhos das antigas ferrovias.
Igual em filmes; eu assisti.
Beijei bocas diversas com gostos estranhos.
Pra um dia chegar aqui.

Não notei diferença de tratamento.
Eu tombei, sangrei e nada.
Fiz o pouco que tenho.
Simplesmente fui sugada.


Smile


Sorrir já basta.
Um iluminar na face convida outras luzes.
Um brilho verdadeiro, passageiro e opcional.
Ser feliz é individual.
Não me permito retribuir por força.
Por querer não ser eu; por tentar ser outro.
Permito apenas sorrir.
Um cativante e caloroso luzir.

Amanda F.

domingo, 5 de junho de 2011

Seca

   São lágrimas secas; repercutidas de dor vazia.
   Um coro torturante em minha mente.
   Decidida viver, parei...
   Parei de sofrer por alguém; parei de não ser eu.
   Preciso de saída; soluções gastas não satisfazem.
   Enxuguei a última lágrima salgada,
   Que ainda deslizava em mim.

Amanda F.

sábado, 4 de junho de 2011

Acorda!

E se tudo que fiz não significar nada amanhã?
Se um dia acordar querendo mudança?
Posso sim confrontar meus medos e sonhos.
Meu interior quer gritar!
Já gira; já peço; obedeço;
Uma vontade de possuir o que ainda não possuo.
Corrompida até os pés das mentiras banais.
Enlaçada totalmente de vazios mortais.
Visualizada e julgada por olhos famintos.
Posso simplesmente mudar!
Mas não é tão simples assim...
E se eu nem acordar?
Se tudo for um pesadelo real?
Não importa; não quero ser apenas uma.
Vou atrás da verdade; iludir-me só de amor e nada mais.

Amanda F.

Sem explicação

Nem palavras feitas, nem beijos prolongados explicam; nem nada que façamos pelo amor, não.
Porque a voracidade de ter; um desejo insaciável de possuir invade.
Ganha de tudo e todos; do nosso sentimento incontrolável.
Um "quê" sem querer "por".
Não sei como posso descrever; é sem explicação.
Isso é amar-te!
Nem beijos, palavras e nada; nunca saberei entender o tudo que você é pra mim.

Amanda F.