sexta-feira, 28 de junho de 2013

De quando se renova a esperança

Quero escrever toda fúria que guardei.
Manchar de vermelho meu coração.
Não é sangue, é veneno.
Deixe que transborde nesse chão.

Quero gritar toda injustiça que passei.
Marcar em carne viva meu coração.
Não é vida, é escravidão.
Deixe que molhe por que chorei.

Quero acabar com isso de uma vez.
Arrancar toda falsidade do coração.
Não é minha, veio de você.
Deixo os restos em sua mão.

Vou pra onde não deveria ter saído.
Para o templo de minha paz espiritual.
Não é por um momento, é pra sempre.
Não saio mais do meu normal.

Vou para onde a ternura me levar.
Carregada no colo pela positividade.
Embalada feito criança.
Sem nenhum medo de sonhar.

Não levaste de mim a bondade.
A ira é momentânea, passará.
Convicta de que o amor não é o culpado.
Por não saberes me amar.

Não sonhastes os meus sonhos.
Posso tê-los sem mais esperar,
Alguma coisa que vem de você.
Alguma coisa que nunca mais virá.

Quero cantar toda felicidade que existe em mim.
Pintar as estrelas que me encantam.
Não mais sofrer pelo fim.
Renascer da própria esperança.

Quero brindar essa nova chance.
Não embebedar a consciência cansada.
Lúcida dessa vez seguirei,
Com a fé sempre renovada.

Quero o sim de uma vez,
O sim para a igualdade, para o amor.
Um sim de verdade,
Que transpareça seu valor.

Não há fim, há recomeço.
Não é morte, é renascimento.
É mérito, é vitória, contentamento.
Não é adeus, é agradecimento.


Amanda F.

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