terça-feira, 5 de julho de 2011

Mentiras

Porque insistimos na verdade?
Se tudo são castelos de areia molhada.
Tudo que escapa das mãos; tudo mentiras frouxas...
Em volta sorri a hipocrisia.
Eu fecho a alma e alivio a ilusão.
Depois anoitece e de novo o medo volta.
A fúria das mentiras.
Do papel riscado coberto de anotação disfeita.
Das migalhas secas; das lágrimas vivas.
São pontes frágeis; longas horas de pavor.
Cansei da verdade.
Dói saber que tudo era falso.
Era plastificado; nada concretizado.
Mas isso é bom pra aprender que nem sempre são flores.
Ás vezes é mato.
Mata, dói e rasga.
Depois passa; volta e adormece.
Eu durmo enfim, pra dor e medo passarem.
Pra acreditar que era verdade.
Pra acordar e sentir a mentira que gira, gira sem parar.
E sim, porque insistir na verdade ?
Porque assim anestesia a ferida que cresce e perdura na mente, alma e coração.

Amanda F.

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