sexta-feira, 1 de julho de 2011

Logo após

Logo após de você sair.
Uma escuridão noturna, sem lua invadiu-me.
Sem lua e chão; sem nada.
Simplesmente saiu e deixou-me calada.
Tristeza; mágoa; feridas escancaradas na pele interior.
Minh'alma chora pela ausência que ficou.
Culpada. Sinto-me assim.
Meu amor partiu e nada fiz para impedir.

Logo após sua partida, derramei  chuva do coração.
Mas a escuridão se desfez; transformou-se em penumbra.
E logo revi suas feições.
Senti novamente o cheiro de suas roupas molhadas pela chuva.
Percebi que voltara pra mim.
Não sei se foi pela chuva que caira; pelo medo de perder-me.
O importante é que voltou.
Só pra mim; para meus braços.

Logo após te rever não pude controlar.
Insanidade de possuir o que pensei não mais tocar.
Beijamo-nos como animais; loucos e com paixão.
Prometemos nunca mais brincar com o coração.
Juramos ser eternos; sem mais despedidas.
Porém, acordo e não te vejo mais.

Logo após de despertar.
Percebi que era pela chuva; pelos pingos, pela noite; nada por mim.
Ingênua; pequena por amar demais.
Sentei-me e esperei pela noite.
Talvez na penumbra reveja o homem que amo.
Nem lua, nem chuva apagarão minha ilusão de possui-lo.
Por mais uma paixão torpe eu vivo.

Amanda F.

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