Se meus lábios fossem rios, eles estariam em correnteza de você. Com certeza de querer esses seus que sorriem quando me vem, até que límpidos rasam e arrasam meu coração. Se seus cadarços são detalhes ao chão, dão-se nós, que somos pós cósmicos desse mundo vão. Vem ser esse ponto de ebulição, que ao seu toque evaporei gradativamente. Se somos os amores que de antes não falávamos, um capítulo ainda rasurado desse livro pequeno e encapado. Segure as minhas mãos, entregue o rascunho e dê vida a sua obra que o tempo se desdobra e volátil vai embora. Não reconheceis meus beijos pelo ato, se prende na língua e no paladar. Sente que ainda são coisas futuras, e que de fato temos muito por que continuar.
A.F.
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