domingo, 26 de janeiro de 2014

Versos de outono


Vou explicar uma coisa.
Algo que não sei começar.
Era uma vez uma criança tola.
Acreditava no amor das pessoas.
Ela cresceu convicta.
Imatura.
Certa vez um jovem a escreveu.
Ela leu seus versos de paixão.
Os colocou no bolso e se foi.
Ali ele ficou, esperando-a.
Até o fim do outono.
A tolice dela superou.
Ela nem se quer agradeceu.
Do jovem hoje ela nada mais sabe ou lê.
Ele se foi com seus versos atrás de alguém.
E está tudo bem; ele esta bem.
A criança buscou colo, proteção.
Mas não achou ninguém capaz de tocar sua alma.
Não tão profundamente como o jovem.
Dizem por ai que hoje ela chora.
Pobre criança, seu egoísmo é seu único amigo.
E tudo que ela faz agora,
é esperar o próximo outono.


Amanda F.

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