Vou explicar uma coisa.
Algo que não sei começar.
Era uma vez uma criança tola.
Acreditava no amor das pessoas.
Ela cresceu convicta.
Imatura.
Certa vez um jovem a escreveu.
Ela leu seus versos de paixão.
Os colocou no bolso e se foi.
Ali ele ficou, esperando-a.
Até o fim do outono.
A tolice dela superou.
Ela nem se quer agradeceu.
Do jovem hoje ela nada mais sabe ou lê.
Ele se foi com seus versos atrás de alguém.
E está tudo bem; ele esta bem.
A criança buscou colo, proteção.
Mas não achou ninguém capaz de tocar sua alma.
Não tão profundamente como o jovem.
Dizem por ai que hoje ela chora.
Pobre criança, seu egoísmo é seu único amigo.
E tudo que ela faz agora,
é esperar o próximo outono.
Amanda F.
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