quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Rebobinando


Outra vez um amargo na boca.
Vísceras amostras.
Insinuações desnecessárias.
Cheiro a solidão.
A ferida escorre.
O sangue está aberto.
De mim nada.
Do nada meu tudo.
Voltei a fita.
Insistência tola e maldita!
O meu peito é uma vala.
Sou filha renegada.
Sem reticências.
Me sacia com seu ponto final.
Viciada.
Me atira, enterra e mata!
Olhos comidos.
Rebobinando.
O filme fadigado.
Mais outra vez.
De novo.
Novamente.
Apagado.


Amanda F.


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