Não existe palavras pra descrever o que sinto hoje. Acordei disposta, e isso não é algo comum. Noite passada ele me amava, mas o amor não vale de nada. Ele disse que queria um tempo, precisava respirar novos ares, tinha que se decidir. E a minha cara foi ao chão com tamanha audácia. Quer espaço? Vá pra lua camarada. Quer oxigênio singular? Se joga de um penhasco e respira esse novo ar. Quer um tempinho? Enfia o relógio no seu nariz! Não acredito que foi pra isso que dediquei meus dias, minhas forças e meu amor. Que drama, pode alguém pensar. Você vai encontrar alguém melhor. Vou mesmo, por que não posso considerar ele como alguém a nível suficiente de comparação. Fiquei cega, e a culpa foi toda minha. Acreditei nas promessas, e enquanto ele falava sobre um futuro ao meu lado, eu suspirava apaixonada. Enxuguei cada lágrima derramada, acreditando que finalmente ele mudaria. Que estúpida ilusão, e que grande covardia. Ele parecia calmo quando saiu do meu apartamento. Não vacilou antes de fechar a porta e sair da minha vida. Não deve ter nem se virado e suspirado alguma dor. Não teve consideração nenhuma e me deixou na mão. Não minto quando digo que chorei. Chorar não é bem o nome. Acho que morri. Aos prantos fiquei, dias e noites. Foram longas noites. Mas hoje tudo parece mais calmo e claro como nunca. Revivi em outro eu. Acordei e abri meus olhos para o que sempre esteve na minha cara. Eu sou linda, sou mais do que ele poderia imaginar. Ele não foi nada. Só uma frase que rabisquei no meu diário. Ele foi embora, e eu fiquei. Fiquei mais forte, mais corajosa e mais determinada. De certa forma todo fim tem seu lado bom. E se por algum acaso ele retornar da puta que o pariu, estarei aqui onde ele me deixou. Vestida de flores, carregada de novos amores e me sentindo bem melhor. A vida nem sempre é gentil, mas ela sabe o que faz. E graças a Jah ela me livrou desse mal que um dia pensei ser amor.
Amanda F.
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