quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Desventura de amor


Provo do seu sexo lentamente.
Com preguiça de terminar.
Deliciando seus ombros desnudos.
Acarinhando você dentro de mim.

Sinto seu corpo junto ao meu,
Sinto a pulsação de sua fresta,
Fico com você nesse quarto,
Feito dois insanos,
Feito dois amantes pecadores.

É de nossa natureza.
Afogar os desejos entre beijos e suspiros.
Sentir os riscos de tudo que nos permitimos

Ir do céu ao inferno pelo amor em sigilo.

É de nosso amor assim sigiloso que te amo ainda mais,
Minha doce mulher,
É desse amor assim doce e ao mesmo tempo quente,
Igual flamejante labaredas incandescentes.


É no tal amor que busco consolo.
O amor dos amantes que sonham.
Sonhemos que um dia quem sabe,
Sem depender de mais nada, seremos um só.


Um só corpo,
Uma só carne,
Uma só alma,
Feito dois insanos que na noite se amam,
Feito pecadores que somos,
Perdendo-nos no pecado insano.

A insanidade é nosso tripé.
Desventura gostosa que nos embala nessa valsa.
É meu príncipe das madrugadas.
Levanta-me e debruça-me em sua espada.
Saboreando assim nossa felicidade amargurada.

Saboreando nosso amor frustrado,
Saboreando um ao outro.
E nos delírios corpóreos eu possa me alimentar dessa paixão,
Possa senti-la se roçando em meu corpo nessa cama.

Por tola melodia que sussurra o amor,
Uma sombria e tenebrosa verdade nos retrai.
De noite loucos amantes,
Em chamas de voluptuoso desejo.
De dia dois desconhecidos e indiferentes,
Que anseiam infinitamente por um último beijo.
O beijo que não nos permitimos jamais.


 Amanda Freire & Kaype Luigi (Pekay Gilui)

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