segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Coitad'amor

Estou sendo embalada pelas nossas canções.
Aquelas que você um dia cantou para mim.
Nos tempos bons do amor.
Sou levada lentamente a seu encontro.
E parece que foi ontem.
Nós dois, duas crianças inocentes.
Não sabíamos de nada.
O amor era um doce que mastigávamos.
Seu sabor foi ficando amargo.
Não cumprimos o que prometemos.
E a canção está no final.
As batidas são desse som ou de meu peito?
Sem diferenciar nada, lágrimas rolam.
É inevitável, você foi meu primeiro.
O amor costumava ser uma árvore alta.
E de repente nós a cortamos pela raiz.
Os dois, os mesmo que juraram eternidade.
Acabaram antes mesmo de começar.
E aqui se vai minhas últimas lágrimas por nós.
Não mais ouvirei uma canção de amor sequer.
Só hoje compreendo que todas foram nossas.
Não mais cantarei para outro.
Pois minha voz se foi, juntamente com sua partida.
Se hoje sou essa letra sem melodia,
Devo tudo ao desamor.
Ao fim daquilo que pensei ser eterno.


Amanda F.

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