domingo, 25 de setembro de 2011

Murchas

Vou com flores murchas ao mesmo jardim.
Encolhida nos musgos da árvore alta
Pensando no rapaz.
O céu nublado convida o tédio; decepção.
Mais uma vez a força superou o sentimento.
A força extrema do ciúmes inútil, imbecil...
Lágrimas são confundidas com gotas.
Gostas do céu cinza,
Do vento forte e frio da alma.
Eu me encontro encolhida sem poder fazer nada.
Cada sépala, pétala cai...
Desbota minha cor esse tormento.
Tormento de ser reprimida por amar.
Reprimida por falar e não ser ouvida.
Vou ficar debaixo dessa grande árvore.
O sol de amanhã pode ser especial,
Porém sua nuvem - rapaz- desmanchou meu buquê.

Amanda F.

Já chega!

Das palavras que falava,
Nenhuma quero reprimir na garganta.
Vou botar para fora minhas angústias,
Minhas insaniedades secretas.
Explorando outros mundos; universos coloridos.
Libertar minha mente, aprisionada pelo mundo.
Andar sem pressa.
O tempo será meu aliado dessa vez.
Nenhuma alheia preocupação.
Nada de receios latejantes.
Meu verbo rasgarei
Independente da gramática errante.

Amanda F.

sábado, 24 de setembro de 2011

Simbolismo em mim

Uma dose de símbolos baila em mim.
E os clarões são amigos; compatíveis melancolias.
Nas abstratas formas e corpos nus,
Com bocas, cabelos e peles virginais.
Tudo numa pálida solidão.
Com sonhos subjetivos; vida irreal.
Vai bailando devagar,
Em um ritmo descompassado.
Tão sensível e inimaginável.
Símbolos brancos, claros; luz.
De negras frustrações se conduz.


Amanda F.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Serpente de Cabelos

 A tua trança negra e desmanchada
 Por sobre o corpo nu, inteiriço,
 Claro, radiante de esplendor e viço,
 Ah! lembra a noite de astros apagada.

 Luxúria deslumbrante e aveludada
 Através desse mármore maciço
 Da carne, o meu olhar nela espreguiço
 Felinamente, nessa trança ondeada.

 E fico absorto, num torpor de coma
 Na sensação narcótica do aroma,
 Dentre a vertigem túrbida dos zelos.

 És a origem do Mal, és a nervosa
 Serpente tentadora e tenebrosa,
 Tenebrosa serpente de cabelos!...


CRUZ E SOUZA

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eloquência Arrebatadora

Resvalar no semblante sublime
Das tranquilas feições do teu céu.
Correr; voar no teu universo paralelo.
Deslindar os segredos do teu amor.
Saciar a sede insaciável
Do corpo esculpido por deuses.
Adocicar meus lábios dormentes
Na pele quente que tens.
Caminhar com passos largos
Nos lírios escondidos e encontrar.
Oscular sem medo; com veemêcia!
Sobre seu colo adormecer.
No ímpeto de lutar contra o mar
Por teu amor surreal.


Amanda F.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eternity of you

Minhas loucuras de ti
Sobressai a dor; o medo.
Todo inverno prevalecido por lágrimas
Cai ao chão!
A primavera vem; o verão.
As flores estão exalando perfumes mil.
O sol existe; brilha para nós.
O amor sempre existiu...
Juntamos calor; beijos arfantes.
E nada existe por fim.
Apenas amor, calor e vontades.
Por ser tão grande e verdadeiro.
Não acaba; eu sei.
É nosso eterno sentimento.
Que conhecemos e surpreende,
A cada toque e olhares.
Deliciosamente te amo.
Nos mínimos detalhes do sorrir
Nos afagos e carinhos.
Não importa tempo.
Minha eternidade por ti.


Amanda F.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

l'exil

Tentei reverter a situação.
Encapar dramas e crises.
Mas aos poucos os entulhos cresceram.
Um dia tivemos que jogar.
Meu medo era ser confundida...
Sou de carne, não de pedra!
Sou de alma, não de restos!
Mulher de verdade; não reciclável.
E no dia; foi manhã.
Jogou-me; trocou-me; perdeu-me.
Se tenho cara de anjo,
Corpo de boneca; eu existo!
Issó não é motivo
Para exilar-me do teu coração.


Amanda F.

Descarte

 Então você acha que pode me amar
E me abandonar para morrer ?

A pior fase da solidão
É ninguém entendê-la.
Não sentem.
Não percebem.
Não se importam.

Fica cômodo para você
Me beijar e morder até sangrar.
Usar até gastar.
Já estou vencida
Hora de descartar.
Fruta mordida,
Apodrecerá...


Amanda F.

domingo, 11 de setembro de 2011

Mesma dor


As palavras pulam da boca
Sufocadas; querem gritar.
O seu amor sumiu.
Não existiu; talvez...

Não sei mentir.
Meu coração dói toda vez que miro,
Teus olhos; vagos sem mim.

Porque fez assim.
Corrompeu minha existência.
Sofro de total carência; dependência de ti.

Andar sozinha; colher meus frutos.
Cair; descer; sofrer com tudo.
Chorar devagar...

Mesma lua no coração repartido.
Mesmo sofer de antes.
Eu expiro a dor,
De amar-te sempre.

Amanda F.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tod

Revestida de fogo; puro sangue na pele.
Arranhada e julgada.
Um caráter manchado; como a roupa imunda.
A noite morrendo; sonolentas estrelas despertavam.
Mas o frio era persistente no peito.
Não haveria luz que iluminasse.
Em um coração, pedaços somente.
Resquícios das fugas; dos sonhos passados.
Lágrimas escapavam; cansadas de tanto surgirem.
E o amor guardado na gaveta de qualquer sentimento.
A manhã iria sucumbir a intensa aflição da carne.
Cada passo distante da razão; a demência nascia.
E no peito mais sangue sem pulsação,
Pingava no rosto pertubado.
Nem deus por ela sorria...


Amanda F.

Toc Toc

Por detrás esconde-se mistérios.
Não sei como andar; voar...
Tão convidativa; provocante me chama.
Subliminarmente sou convencida à abri-lá.
Uma porta intrínseca aos desejos inanimados.
Meus medos; temores estão por dentro.
Abri-lá será enfrentar tudo.
Meu tudo que um dia guardei.
Jurei fecha-lá; esquece-lá.
Que muros e plantas ocultassem a visão.
Hoje peguei seu segredo - chave.
Pronta para mais uma ilusão.


Amanda F.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jardim

Ele olha o jardim.
Analisa flores; todas em mim.
Meu pequeno cravo.
Sou uma rosa.
Não vamos brigar.
Estamos aqui.
O dia é de sol puro e cintilante.
Venha comigo colher,
Todas as flores que rodeia nosso querer.
Minha vontade escondida.
Nosso amor sonolento.
Desperta agora é melhor saída.
Antes que venha os maus tempos...

Amanda F.

sábado, 3 de setembro de 2011

Ao time mais querido do Brasil

Flamengo não tem explicação.
Seu amor me atinge
E inflama meu peito.
Eu me orgulho dessa paixão.

História de garra, glórias.
A maior nação; mais linda.
Onde só quem sente são os verdadeiros,
A real emoção de ser rubro-negro

Tantos títulos, méritos que só faz reluzir
Todas as vitórias que te realçam.
Meu mengão, é o maior prazer
Ser sua torcida e o manto vestir.

Juro que se não existisse
Um flamengo na Terra
Preferiria nem nascer,
Porque minha vida é vibrar com você.

Amor que não acaba.
Orgulho que só aumenta.
Vou cantar eternamente
A minha paixão de ser mais que penta!

Ontem e hoje; amanhã e sempre.
Vencer, vencer, vencer!
Mengão meu coração é somente
Vermelho e preto até morrer!


Amanda, flamenguista NATA!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Me equivoque!

Não arranquem minha vida.
Meus princípios; direitos.
Nem censurem minha opinião,
Que de tão pequena, não se julga.
Minhas palavras complexas.
Minha visão política; não.
Não roubem minhas alegrias.
Nem algemem meus escândalos juvenis.
Deixe que eu caia; deixe-me sozinha.
Que eu carregue toda culpa.
Que eu esteja errada!
Mas deixem que eu aprenda.

Amanda F.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Nadar

Meus rios são molhados e secos
Ao teu corpo navegante sem cessar.
Sou oceano; mares torturantes.
Meu amor, vem nadar!

Se afogue se quiser.
Deixe minhas águas te banharem.
Lave sua alma; seu coração.
Na pura e límpida maré.

Sou tua fonte; beba-me agora!
Você é meu capitão; domine meus dilúvios.
Seja a tempestade á me agitar.
Meu furacão incontrolável.

Tire onda; fique por cima - na crista.
Depois nade, nade até não mais querer.
Cause os fênomenos em minha lucidez.
Mergulhe até não mais poder...

Amanda F.