Também pedaços que me foram tirados.
Minha identidade subversiva.
A ótica oculta do meu peito.
São esses os meus motivos.
Culpados pelas noites vazias.
Madrugadas criativas.
Cúmplice dos amores sigilosos.
Fonte das minhas mais sinceras confissões.
Um amigo que nada me diz
Apenas ouve minhas feridas e
Cuida da cicatriz.
Preserva a esperança que insiste em não morrer.
São eles os mais complexos,
Porém tão simples e singelos.
Expressando meus anseios,
Erros, culpas e medos.
Tão íntimos que não me vejo
Longe desses companheiros.
Versos que tornam-me mais,
Não apenas o que enxergam.
Algo que poucos entendem,
Mesmo que leiam; recitem.
Uns versos que vão além da literatura.
Cobrem-me de poesia.
Banham-me de uma verdade nua.
São eles as luzes que me fazem enxergar.
Donos da linha do meu coração.
O sim e o não daquela indagação.
Versos esses que me inspiram a amar.
A.F.
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