domingo, 19 de novembro de 2017
Cigana
Muitas vezes olhei para atrás.
Mas tudo que eu precisava
Estava bem na minha frente.
Diante dos meus olhos de cigana.
Um pouco oblíqua,
Porém muito dissimulada.
Tentei por minhas mãos.
Estraguei tudo.
Não era novidade.
Mas tentei, várias vezes!
Pois acreditava que seria melhor assim.
Naquela idade, as coisas eram simples.
Pensei que tivesse tempo.
Mas o tempo nunca pensou em mim.
E me perdi nas minhas raízes.
Tolas e frágeis tentativas.
Talvez por acreditar demais,
Ou por duvidar de menos.
De toda as minha feridas.
Tudo que acumulei por esses anos.
Decepções, amores, conflitos.
Um turbilhão de sensações.
Tudo dentro da pequena mulher.
Dos olhos de ressaca, marejados...
Que escreve muito,
Mas sente ainda mais que um bocado.
A.F.
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