Eu me iludo quando tento afogar as minhas tristezas em uma taça de vinho barato. Quando piso consciente nas ruas vazias do meu peito, observando rostos estranhos e bem feitos; rostos que poderiam ter sido meus. É a minha auto estima que perambula nas cordas dessa vida, sempre no ápice do abismo que se tornou meu coração. Vou fingindo ser a bela e maravilhosa bailarina, que com seu ar de fada seduz qualquer rapaz vagabundo. Como estou farta dessas mentiras! Farta de tudo que me sufoca no mundo. Não posso enganar a mim mesma. Isso está lotando as minha ideias. Não posso encantar com essas rimas pobres. Não fui feita para fazer o gosto de esnobes. Não há verdade nas minhas lágrimas rotineiras. Eu nem sei por quem estou lamentando. Se é por minhas cicatrizes invisíveis, ou se é por tudo que eu não fiz por mim.
Amanda F.
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