No particular do meu egocentrismo eu descobri coisas em mim. São coisas comuns, mas que me fazem ser diferente do meu outro eu. Antes eu remendava demais, mordia a mesma fruta sem gosto, e pra mim estava tudo muito bom. Agora o jogo é mais intenso, e a mordida faz sangrar. Percebi logo que eu deveria partir desse castelinho de areia e comprar uma mansão de ouro. Foi aí que conheci a vida; uma vida bem gostosa por sinal. Não seria eu se não tivesse o sarcasmo no ar. Não seria você se não tivesse a ditadura expressa. Vou levar minhas calcinhas de renda para a mansão, querido. Lá haverá uns sapinhos, mas uns príncipes também. Meu lugar é mais alto, não aqui nessa terra imunda que você se apossou e chamou de amor. Vou revirar essas minhas madeixas perfumadas e lança-las bem longe de suas mãos. Não pense em ligar, mandar recados ameaçadores ou coisas que eu sei que você é capaz. A hora de tentar já passou. É minha vez de ajustar os ponteiros e finalmente me livrar dessas correntes imaginárias que um dia deixei você usar em mim.
Amanda F.
Nenhum comentário:
Postar um comentário