segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Imbecilidades

São asneiras suas que sugam-me por completa.
Minha pele está latejando preocupações.
Estou farta de marcas!
Deixe-me sozinha, no meu canto para respirar.
Sou um voô apressado.
Uma colméia sem ordem.
Uma loba que não sabe caçar.
Você causa esse confronto de identidade.
Eu engulo cada amargo do seu humor.
Cada exagero do seu mel.
Mas não precisa ser assim.
Minha juventude pulsa nos seios fartos.
Sou uma cabeça e um corpo,
Fica bem perfeito para mim.
Daí vem seu jeito franco e me fala,
Que só contigo sou capaz de delirar.
Estou refém novamente do improvável.
Presa nesse tormento pessoal.
Cada vez mais sufoca
Esse desejo estranho de não perder-te.
Fico á merce das suas vontades.
Das mesmas imbecilidades que um dia repudiei.
Vou ofuscando meu brilho,
Para tê-lo reluzente em mim.
Bailando nas minhas íntimas ilusões
De sempre amar-te assim.


Amanda F.

2 comentários:

  1. Estas ficando cada vez melhor. Se gostava antes dos teus poemas hoje posso dizer que gosto mais. Invista nisso, tens futuro

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