Um partir de alma vêr-te sumir na sombra da solidão.
Meus pés tontos de vagar sozinhos sem rumo.
Não vejo brilho; distante estás.
Os sóis pesados e astros melancólicos moram em meu céu.
Negro e ferido está meu peito.
Sou pura falência no amanhecer.
Tudo gira e volta, na reciprocidade da minha invalidez.
Foi você culpado dessa destruição íntima.
Sinto dormente os lábios que antes você beijou.
O coração lento e sombrio bate; tenta bater...
Vou devendo para a vida.
Vou devagar para não doer tanto.
Suas palavras ainda gritam.
E nas veias circulam restos.
Porque já não sou a mesma sem ti.
E quero ser assim.
Uma rua vazia de pessoas sem vida.
Um jardim de flores apodrecidas.
Um túmulo que fecha as minhas fantasias.
Sem ti eu prefiro ser um sopro de lembrança.
No fundo eu sei, saudade não sente.
Pelo menos posso duvidar,
Isso deixa-me viva -ainda- para tentar.
Amanda F.
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