sexta-feira, 10 de junho de 2011

Coadjuvante

Pensei em escrever este texto; cansei de jogar palavras ao vento frio e tenebroso. A rua está vazia; pessoas repartem seu vazio, circulando sem rumo. Mas, não sou assim; nem sei quem quero ser; quem posso ser.Decidi apenas escrever versos de suspiros e desejos carnais; um amor antigo - primeiro amor - aquele que jurei ser eterno. escrevo por tudo que amei nele; pelas juras imaturas e vagas. Nos beijos ingênuos de criança que dávamos, resta a lembrança.
Também resolvi escrever o caso mais recente; agora mulher - não mais criança - nem pura, apenas angelical. Das horas de calor com um homem que amei; aquele que trouxe-me verdades que desconhecia; prazeres que almejava. Mas foi um amor de lacunas; de princípio, meio e fim.
Por tudo que meus casos amorosos significaram, escrevo; precipito-me afirmando saber de sentimento e homens; engano-me - no fundo sei - mesmo tendo mil bocas, cheiros e corpos, nada - nada! - ensina o ato de amar.

Amanda F

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