Ela bate no meu peito, mesmo na ponta dos pés. Ela insiste nos saltos para desfilar e me deixar mais apaixonado, mas ainda assim ela não passa de mim. Ela é minha baixinha e eu o seu grandão. Ela não gosta quando brinco com sua altura, se irrita mas não me assusta. Às vezes fico olhando pra ela. Simplesmente admirando seu jeito meigo e feminino. Suas neuroses e seu mal humor. Onde ela mesmo brava não me dá medo nenhum, afinal, daquele tamanho dá vontade de abraçar ela toda e esconder de todo mal. Ela é boba. Ela é romântica. Ela tem um jeito único de ver a vida. Ela sorri pra mim e mesmo tão pequena me deixa menor do que ela. Sou insignificante quando se trata do amor dela. Ela pode tudo, enquanto eu não posso nada. Ela ganha fácil e eu entrego o jogo. Ela me rendeu quando encostou seu queixo no meu peito e olhando pra cima com seus olhos castanhos, disse que quer ser minha daqui pro resto da vida.
A.F.
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