Depois de toda chuva que molhou minha janela, o sol chegou de mansinho. Ele tocou primeiro a vidraça ainda embaçada, e depois seguiu o rumo até os móveis do meu quarto. Finalmente aqueceu-me lentamente. A sensação dele em mim era boa. O sorriso do sol me iluminava até no escuro de todo meu coração machucado. Ele veio e ficou. Ele não pediu nada, só quis me acompanhar. Viramos dias e manhãs de outono. Formamos arco-íris, quando em mim a chuva era saudade. Foi assim que fomos nos tornando um. O sol e eu. Eu era um sol e mal sabia. Ele me mostrou. A luz sempre esteve em mim. Eu sou meu próprio sol. Quero iluminar outros dias amenos. Novas chances quero dar. Novos céus e alegrias despertar. Sou sol do meu céu à espera de um novo astro para amar.
A.F.
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