domingo, 2 de setembro de 2018

Carta para ela


Hoje só o que posso dizer é obrigado. É, você não vai ler isso daqui. Talvez nunca lerá. Mas não escrevo por isso. Escrevo por mim. Pelas coisas que aprendi ao seu lado. Pelas horas que olhei em seus olhos e achei um motivo para sorrir. Pelos diversos beijos que demos. Pelas risadas que provoquei em você. Pelas milhares de vezes que só queria te ver dormindo. Admirar sua beleza. Seu jeito de andar com pressa. A sua forma de dizer que me amava, mas que queria me bater bem forte. Seu cabelo ao vento. Suas sardas mais fortes no sol. Agradeço por poder compartilhar momentos únicos. Pelas brigas onde aprendemos. Pelas lágrimas que nos fizeram crescer. Um homem só pode ser grato por amar tanto assim. Por ser correspondido. Pelos sentimentos que me fez despertar. Mesmo que não se lembre daquela tarde na praça, do sabor do sorvete na sua boca, da cor da roupa que você usava. Eu lembro de tudo. Recordo de cada detalhe daquele dia. A hora que combinamos, e o sol se pondo atrás de nós. Lembro de dizer que escreveria um livro sobre nós. Você me apoiava em cada nova ideia. Você me ajudava a ser melhor sem eu pedir. Você simplesmente ficava ali. Me trazia seu doce, seu calor, suas mãos nas minhas e selava tudo com beijo. Você era assim. E hoje não resta mais nada do que um dia conhecemos. Que fique somente em mim a memória. Sei que foi real. O livro não prometo mais, porém te garanto que essa carta é sobre o quanto sua presença mudou minha vida. O quanto amar curou e foi ferida. Mais cedo ouvi aquela música que você adorava. Suspirei ao saber que ela ainda continua bonita. Nenhum de nós estragou as canções de amor. Nenhum de nós está em dívida. Hoje o meu coração é grato por sua existência. Por todas as vezes que preferiu a mim do que outras coisas. Me escolhendo e me amando de um jeito particular. Agradeço e agradecerei pelo resto que tiver de suspiros. No último fôlego saberei que você foi o amor da minha vida. Não tinha como ser outra. Obrigado.
Ass: eu


Freire A.

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