quarta-feira, 26 de abril de 2017

Dos dias sem fim


Tinha tanto o que falar.
Agora vejo que não.
As palavras não saberiam julgar,
Os diversos sentimentos em mim.
Nasci de nua estrutura.
E o tempo me vestiu de sabedoria.
Não sou dona da razão e nem sua.
Sou dona da minha rima.
Das incertezas que optei descartar.
Das verdades que comecei a contar.
Sou um pouco da ruína.
Dos destroços que vieram.
Nenhuma dor é em vão, disseram.
E o recomeço sempre será opção.
Venho apenas olhar,
Não quero causar nenhum mal.
Nem a você e muito menos à mim.
Que fique o que de bom restou.
Afinal, houveram dias sem fim.

A.F

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