quinta-feira, 18 de junho de 2015
Muda
Estás cansado, e seu olhar o acusa.
Não aguentas a palavra que te julga.
De verdades que contradizem coisas tuas.
Despido em noite fria, só de lua.
Sabes que mentira não perpetua.
Debaixo dos lençóis a carne crua.
E os andares que perambulam na tua rua.
Não são meus, são de mártires,
São de pretéritos, são das loucuras.
Bater na porta e receber a carência mútua.
Romper os laços e garantir a antiga frescura.
De cultivar raízes no lugar das mudas.
De não ouvir a verdade surda.
A.F.
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