sexta-feira, 26 de junho de 2015
É o começo
Espero que esse não seja o último texto, ainda tenho um livro pra escrever sobre você. Falar sobre a nossa estranha mania de pensar igual, e se olhar rindo sem nada dizer. Sabemos. De andar ao seu lado na rua, e procurar seus olhos, que estão em frente, protegendo os meus passos. Quero falar da sua mania de me irritar, e depois dizer que tenho razão, e que me ama tanto que mal consegue falar. De olhar em sua cara aquela expressão de alegria, de sentir todo dia que o que mais quero é você.
Não pode ser o último verso que digo e repito a mesma história, dos dias nublados que ficaram tão bonitos com você ao meu lado. E não tem como não dizer da imensa agonia de não te ver sequer um dia, se virei uma viciada de você. Somos o que nos preenche, você o pão, e eu a manteiga quente, derretendo em sua boca. Você a taça e eu o vinho, descendo devagarinho, entorpercendo nosso querer. Como dois pardais, que sabem para onde voam, e não se perdem. Regressando pro ponto de partida, encontrando o caminho do lar. Dois que logo serão três, ou quatro quem saberá? Apenas feito de amor, destinados a se amar.
Não, isso é o começo do que podemos chamar de romance, do que apelidamos de lance, do que sentimos ser o nosso eternizar.
A.F.
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