No relógio o ponteiro o acusa.
Demorou tanto tempo.
Quando ele era ao nosso favor,
Você ignorou.
E meu coração está tão atrasado.
Tão manchado pela chuva.
Essa que cai dentro de mim.
Estou no mesmo lugar.
E você ainda não chegou.
O caminho é o mesmo.
Não mudei.
Mas você mudou.
Veja, ainda não desisti.
Latente meu peito me acusa.
Ansioso como os ponteiros do relógio.
Ao te esperar lembro daquele dia.
Quando viemos aqui.
Você sabia de cór.
E agora parece ter esquecido.
Não se engane, sei mais do que você.
E vou te conhecendo em cada segundo.
Por falar em segundo, olho pro tempo passando,
Mas nada, nada de você.
No fim vou me conformando.
Sigo nessa insensatez.
Perdendo e ganhando.
E não é a primeira vez.
A.F.
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