terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cama


Nosso púpito sagrado.
Onde as línguas bailam.
Alcova melindrosa.
Esquizofrênicos desejos.
Três, vinte e cinco beijos.
Nuas, pele nua, nuca sua.
Muda, pelo suspirar descompassado.
Atrevidos, insanos e despidos.
Ouve-se sinos, passos ecoam no primeiro andar.
Altar de fantasias e sonhos.
O cabelo bagunçado.
Por sobre o corpo o calor emanado.
Os gemidos viram acordes, poesias.
O dia vira noite.
O amor vira rotina.
E é tão somente tua a vida minha.
A.F.

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