Descobri no desamor o que é o amor. O amor é isso de você dar, sem ao menos desejar retribuição necessária. É esse negócio de estar em corda bamba dançando lambada e adorando a sensação de quase morte. É o frio na barriga, o suor, a ansiedade misturada ao detalhismo. A agonia de ver a pessoa amada. É tudo isso de se expor sem medo de vaias ou de tapas. É a coragem além do que se pensa ter. É um turbilhão de dúvidas, de temores, mas carregado de desejos, de anseios, de vibração interna. O amor é aquilo que nos ataca, nos rende e não tá nem aí se isso fere ou mutila. É essa loucura esquizofrênica de vivenciar em um sonho cotidiano. É a arte desenhada nos sorrisos. É quando os olhos enxergam além dos corpos e apreciam a alma um do outro. É quando não há necessidade de banda, de voz, de tumulto, só a brisa do ar sussurrando aos ouvidos, confessando que o amor é impecável quando se ama e é amado. O amor é isso. O amor é além disso, o amor é aquilo que não se explica, sente. No amor encontra-se um abrigo ou um desamparo eminente. Vejo no amor um segredo, um enigma. Amor é vida, é morte em vida, é o delírio de viver para morrer de tanto amar.
Amanda F.
Nenhum comentário:
Postar um comentário