Talvez o amor nunca fora realmente explorado.
O amor que vi nos livros que li e que escrevo.
Um amor perdido na escala do tempo.
Esse amor contido e não resolvido.
Sou poeta que ama sem saber o que é amar.
Sou mulher que clama por amor sem cessar.
Mas que amor é esse que todos gritam?
Uns falam sobre a total dependência.
Sobre a insistência, sobre a impossibilidade de desviar.
Falo do amor singelo.
Do amor materno, do amor que não pede nada em troca.
O amor não é uma mera palavra.
Ou um mero sentimento.
É a construção da vida.
É a essência da própria identidade.
Cá estou tentando como uma tola entendê-lo.
Não, não vou decifrar.
Vou simplesmente desfrutar.
Viver o amor que acredito merecer.
Senti-lo em mim.
Acariciar seus sutis afagos.
Abraça-lo em total devoção.
Foi ele o amigo das noites incertas.
O cúmplice das aventuras mais loucas.
Ouvinte quando precisei.
Mas também foi cruel, instável, egoísta.
Quero lembrar de nós no calor de um beijo.
Semblante sereno, sorriso no olhar.
Amor esse que não é mera definição,
Não é poeta, não é cantor
Não é personagem literário que o nomeará.
Será nós, nosso particular.
Amor que segundo Camões, ganha quando se perde.
Segundo Dias, só se morre de amor puro e verdadeiro.
E segundo a mim, vive-se e não se aprende.
Desfruta-se sem receio de erro.
Jamais se esquece,
E a todo instante se renova.
Amanda F.
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