quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Inebriantes desejos

Quando estamos assim,

Minha pele arde e meus pêlos se atiçam.

A frenesi do beijo.

O arfar das palavras sussurradas.

A excitante sensação de pertencimento.

A voz que não sai, mas sim o gemido.

Pedindo por muito mais daquilo.

Existe uma eu antes e agora.

Essa de hoje suplica por ti.

Por nós.

Por tudo que tem seu gosto, seu cheiro.

Inebriantes desejos.

Dois que logo se tornam um.

E querem assim continuar sendo.

A matemática não permite.

Mas a química diz que podemos.

Então nos atrevemos.

Nos entregando ao intenso querer.

De amar até depois do sim.

Do que dizem ser eterno.


A.F.

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