De mãos atadas. É assim que me sinto quando te olho. Seu ar misterioso me intriga. Me faz querer saber mais sobre você. Me faz pensar como seria te ter aqui comigo agora. Fico imaginando tanta coisa. Fico com vontade. Bate o desejo. Mas você não me nota. Simplesmente sou invisível pra ti. É como se eu te desse tudo e você nada. Não me parece justo gostar assim. Enquanto eu te venero, você nem sabe que eu existo. Me sinto uma adolescente. É ridículo. Sou adulta, bem resolvida, independente e pago minhas contas em dia. Eu não deveria sonhar acordada. Não deveria. É engraçado como tudo dá errado. Quando eu chego, você vai embora. Quando eu saio, você entra. Parece que o mundo está me mandando um sinal gigantesco de que não é pra eu alimentar nada. Mas eu estou tão gorda de sentimentos por você que vou explodir. Que raiva de mim! Que raiva dessa ideia de amar alguém que não me reconhece. Você nem deve saber meu nome. Sabe? Eu sei tudo sobre você. Tudo que é possível saber. Você odeia segundas feiras e musicais. Você adora sorvete de chocolate e menta. Sorri fácil pra uma criança e brinca por horas com ela também. Você é doce, atencioso, amável e tem um bom coração, mas não posso te dizer isso. Não ousaria. Sou uma idiota, essa é a verdade. Vou idealizando nós dois, mas não tenho coragem nem de te dizer um oi. Parece patético, e é. Vou seguindo nessa de não ser correspondida e quem sabe algum dia você perceba que estive sempre aqui esperando uma chance minúscula de te fazer me conhecer...
A.F.
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