Alguém ainda lê isso daqui?
Alguém ainda acredita em mim?
Faz tempo que ando desacreditada.
Pensando em tudo.
Não definindo quase nada.
Desgostosa.
Incrédula.
Assistindo ao game.
Sem muita perspectiva.
Alguém ainda consegue sentir o mesmo que eu sinto?
Que chega a arder os olhos,
Tremer as pernas.
Alguém ainda palpita comigo?
Não sei.
Talvez.
Alguém que me olha de longe.
Que torce por mim no sigilo.
Que ama esse meu jeito.
Que faz sentir que eu importo.
Que aqui ainda resiste a pequena flor.
Ela antes escura, clara desabrochou.
E leva sua sina, sua cor.
Seu aroma, seu sabor
Pra onde quer ser e estar.
Pra onde realmente se inspirar.
Perto dos seus e daqueles que podem provar,
Que ela merece e faz por merecer.
Alguém pode sim existir pra ela encontrar.
Pra fazer valer.
Pra dizer que foi maior do que se pensaria ser.
Deixa que seja escrita a vontade.
Que se rimem os desejos.
E recitem todos os beijos.
A poesia é mulher.
Ela pode, ela manda,
Ela pede, ela quer.
Alguém que versa e
Prova que ela é assim.
Doce e amarga no sabor,
A que me refaz e fim.
A.F.
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