terça-feira, 1 de janeiro de 2019
Costas nuas
E pensar que o gole final foi meu.
O suspiro pairou no ar.
A última pétala ao chão.
E todas as vozes se calaram.
Foi um pequeno passo.
Grande o suficiente para o fim.
Não houveram aplausos.
Nem as vestes mais belas.
Simplesmente se findou.
Uma carícia final não o dei.
Nem sequer as palavras falaram.
Muda me virei.
Minhas costas nuas fitaram.
O fim outra vez.
Talvez, um começo de algo.
Ainda não saberia dizer.
Somente o registro do amargo.
Da boca macia que beijou um dia,
Hoje morde e blasfema o passado.
A.F.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário