segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Ela é leonina
Ela não tem paciência.
Bem verdade.
Ela gosta de olhares,
Aplausos por onde pisa.
E por falar em pisar,
Ela não se poupa.
Pisa menos, por favor!
Ela gosta de falar.
Gosta de dominar.
Ela sabe que pode.
Mas, ela escolhe.
Ela não tem meio termo.
Ou é ou nem precisa ficar.
Ela ama ter por quem se arriscar.
No fundo é romântica nata.
Recita versos, declara, excita
Canta e se entrega intensamente.
Ah, ela não mente.
Costuma ser sincera consigo e com os outros.
Ela é simplesmente.
Não tinha como ser diferente.
Ela faz do melhor seu alvo.
Ela nunca espera por ninguém.
Quando já se viu,
Ela está plena e observando tudo.
Ela é felina e sabe como atacar.
Ela é doce, mas sabe ser amarga.
Ela vicia e deixa sua marca.
Uma mulher tão menina.
Um vulcão em forma de gente.
Ela é leonina.
Fogo puro e envolvente.
A.F.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Lamento
Engraçado.
Você ali forçando uma situação.
Estranho.
Ouvir tanta besteira assim.
Pensei que conhecia um pouco,
Esse alguém que na minha vida passou.
Enganada.
Totalmente enganada pela sua capa.
Não parecia tão errado antes.
Hoje sinto que fui eu.
Acreditei nas verdades.
Esqueci das mentiras.
Alimentei um sentimento.
E hoje está tudo muito claro.
Lamento
Por esquecer de mim
Para preservar você.
Mas isso chegou,
E hoje quem ri sou eu.
É o fim.
Do que nem era para acontecer.
A.F.
sábado, 21 de outubro de 2017
Ato II
Depressa minhas mãos percorrem seu corpo.
Nosso fogo está em todo lugar.
Não interessa a hora, onde e como,
Desde que estejamos juntos,
Queremos nos entregar.
E como eu gosto da forma que tu faz.
Como me delicio do gosto que tens.
Minha pele arrepiada está,
E você chega perto e me faz bem.
Nossos corpos são um,
Você vai deixando tudo por mim.
De repente tudo muda,
E já sou eu que fico ao seu dispor.
Fecha minha boca.
Muda.
Me revira e me traz seu calor.
Pega meus cabelos, minhas mãos,
Deixa atiçado meus pêlos.
Você sabe como me transtornar.
Grita, geme, arfa ao meu ouvido
Me deixa louca e por fim,
Me faz transbordar.
Nesse fluxo que nos balança,
Nessa sintonia gostosa,
Nos damos muito bem.
Deixa-me em frenesi.
Não dê sossego para mim, não.
Que te recompenso com tudo de mim,
Que o ato nos desfaz dos nós,
E somos livres nessa paixão.
A.F.
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Ato I
Nosso corpo está em chamas agora.
Estamos nesse transe insano por mais de horas.
É que nosso desejo nos eleva,
Nessa nova realidade que nos interpreta.
Deixo que me domine ao seu querer.
Deixa que me sinto à vontade com você.
Todas as preocupações já se foram.
E nos resta essa entrega sem desaforo.
Pois não existe vergonha ou timidez.
A gente se conhece e se entrega de uma só vez.
Quando nos damos por si
Somos apenas um corpo.
Misturados e molhados em todo nosso sufoco.
Nessa obra de arte que nos refazemos.
No teu corpo por cima de mim,
Desfalecemos.
O prazer nos reativa, motiva e deixa fluir.
E antes de mais nada,
Nos entregamos ao sentir.
Sentir o gosto nu do seu toque.
Sentir seu querer inflamado.
Sentir o desejo nos transbordando.
Sentir que nos permitimos ao ato.
A.F.
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