terça-feira, 18 de julho de 2017
Se é
Não vim falar da chuva
Ou da primavera dos seus olhos.
Do riso que paralisa minh'alma.
Das noites frias que me aquecem.
Vim falar da sensação inebriante.
Quase intocável e plena.
Do amor que reconhece-se antes de se conhecer.
Antes mesmo de dizer meras palavras.
Antes do sinos tocarem,
E tudo perder ou fazer sentido algum.
Do sussurrar dos ventos de outono.
Da época que não se sabia o que é ser.
E que agora se é, simplesmente!
E como se quer ser por amor ao outro.
Não, isso transcende um poema.
Uma homenagem ou gratidão, quer pense.
Isso é o improvável sendo possível aos olhos
Dos que enxergam com o coração.
A.F.
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