sábado, 24 de outubro de 2015

Death of love


Pra onde foram as palavras doces e aquelas músicas todas?
As conversas horas a fio, e os dias eternizados?
Hoje está tudo tão inervado.
Um frio que transparece em emotions.
Os sentimentos em barras, em fotos atrás de curtidas.
O amor próprio nunca foi tão explorado.
Ah, as velhas manhãs ao lado de alguém.
Das flores colhidas para entregar-lhe.
Das poesias e dos filmes ao fim de mais um dia.
É tão mais fácil baixar, assistir enquanto mexem no celular.
Onde estão os amores para toda uma vida?
Atrás de pseudônimos, atrás de subnicks, atrás de status...
O mundo corrompeu o que restou do amor.
O amor está em crise, o dinheiro sempre vai existir.
O amor entrou em extinção.
E não restaram corações capazes de amar.
Tão mais simples entrar e conversar com alguém do outro lado.
Falta coragem de sair de casa, ir atrás de alguém.
Preferível ficar onde se está e lamentar.
Colocar uma carinah triste, e no fundo não se estar.
Chamar a atenção o quanto quiser.
E falecer sozinho, com um número na tela.
Das possíveis pessoas que te amam,
Mas ninguém ama, todo mundo finge.
E essa dor, está tão estampada, que todo mundo aceitou.
A anestesia corrompeu além do corpo,
E a alma hoje se cala e assiste essa miserável cena.
A falência múltiplas de órgão do amor.

A.F

Do menos não me interessa mais


Hoje o dia amanheceu igual a todos os outros.
Poucas coisas mudaram desde aquele dia.
Talvez não tenha reparado na samabaia.
Ou nos sons engraçados das folhas espalhadas.
Apenas sinto o toque frio que meu corpo emana.
Apenas fito o que eles me mostram.
Coisas repetitivas; dias amenos.
Do menos não me interessa mais.
Quero dias sufocantes, e sentir-me louco.
Usar algumas palavras difíceis.
Combinar um filme e desmarcar no dia.
Cometer alguns erros toscos.
Escrever no muro e correr.
Coisas também banais, mas nada usuais.
No mais, só peço isso.
Vida, nada menos que ela.
Passar a dar valor, passar a aquecer meu corpo.
E sentir no paladar o bom e velho gosto,
De tentar, cair e superar.

P.S

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Sóu


Aquelas palavras foram ditas aos berros. Mas no fundo foram pensadas no silêncio das noites que passei pensando em nós. Desculpe não ser o que esperava que eu fosse, ou quem sabe aquilo que sou é muito pior. Pensei, acho que não temos que repassar o que já foi dito. As mesmas e velhas palavras, são dores que mutuam essas zonas de desconforto que pairam sobre a gente. De novo, não acho que nos falta, mas nos perdemos... Não sei. Sua favorita frase, sua. Nós precisamos usar o nós, e não nos enforcarmos neles. Não quero julgar você, não quero me perder dentro de mim, eu só peço que escute os versos, as rimas, os traços em mim. 💙