quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Pausar

E o mais engraçado é que tudo que leio serve como luva, uma luva de box que me esbofeta de jeito. Sou insegura. Parece que tudo que acontece me afeta. Não aceito certas coisas, mas as deixo rolar. Sou estranha. Mas isso não foi pra falar de como ser estranho ou algo do tipo. Se é ou não bonito. É só: sou estranha e ponto. Tenho manias, como qualquer garota da minha idade. Costume ler poemas, me identificar e vivê-los. Sou muito frágil, mas também sou muito má. Uma estranha perfeita. Ou não. Falar sobre mim nunca foi algo admirável. Odeio biografias. Odeio forçar as coisas. E me odeio por teimar. Dá vontade de rir das minhas desgraças. Dá vontade de chorar das minhas ilusões. Dá vontade de sumir, ir pra outro livro e me imaginar na historia mais romântica do mundo. Seria muito bom viajar. Ir pra algum lugar que me faça pensar. Preciso pensar. Mas já penso demais. Preciso ousar, mas não sou capaz. Preciso de tanta coisa. Preciso parar de me torturar. São coisas que só eu sei o que rola. Não sei se me enrolo, ou deixo enrolar. Deveria aprender, mas costumo errar. Deveria esquecer, mas sou a primeira a pensar. Deveria viver, mas insisto em me matar. E o mais engraçado é que tudo não passa de um pesadelo. Onde acordo e vivencio sem pausar.


Amanda F.

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