Não dê uma de otário, se não cê vai me perder.
É, não sou essas dai que um dia cê pegou.
Largou, brincou e no fim magoou.
Aqui o buraco é mais em baixo, filhão.
Se morder eu mordo e ataco sem um pingo de perdão.
Não vou me fazer e querer ser suficiente pra você.
Se toca e abaixa a guarda, tu tem que ceder.
Num tempo desse eu nem sabia o que queria.
Daí tu veio e me mostrou o que eu perdia.
Mostrou as coisas do mundão perdido.
Tu sorria e eu sorria contigo.
A gente era um tipo diferente de casal.
Brigava, fazia as pazes e se amava no final.
Mas não sei o que te deu,
Tu simplesmente mudou.
Chamou uns nomes estranhos e me humilhou.
Pera aí, como assim camarada?
Tu acha que vou fingir que não aconteceu nada?
Bem capaz, bem de você pensar essas coisas.
E agora quer vim de papinho pra cima de mim.
Não quero fazer parte do seu espetáculo.
Sai fora e deixa quieto esse coração.
Você pode fazer seu belo papel de otário.
Não quero assistir de camarote a sua queda.
Mas se liga que tu não passa do chão.
Quis inventar história pra mim.
Pensou que eu fosse esquecer.
Mando três beijos pra sua paranoia.
E só um salve pra você.
Uma hora tu se toca que tinha tudo.
Tinha essa leoa na sua cama, pois é.
Caiu de queixo no chão e me perdeu.
Foi querer ser mais do que é.
Não, nem faço questão de saber se doeu.
Teve chances, desperdiçou.
Agora vaza que seu filme já queimou.
Tô nem aí pro que cê pensa ou acha que é.
Amanda F.
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