Não, eu não odeio você.
Simplesmente não entendo essa loucura.
Você me apareceu.
Logo eu, sempre tão atenta.
Deixei-me levar pela aparência.
Sorriso fácil, olhos misteriosos.
Conversa atraente, ombros largos...
Viu? Cai literalmente de quatro.
Dai, meia hora depois eu já te amava.
Que droga é essa que você injetou em mim?
Foi do seu beijo, cheiro ou jeito que contrai?
Sério, eu não o odeio.
Só não posso aceitar.
Justamente quando estava ciente,
Dessa minha vida meia boca.
Você chegou com a sua voz rouca
No meu ouvido á sussurrar.
Presa fácil, não que eu seja fácil.
Tão pouco inocente.
Mas é que não estava pronta.
Pra um amor assim.
Que nos prende sem dó e sem pedir permissão.
Ok, o melhor agora é aceitar.
Você que me vence apenas com o olhar.
Pode rir, me zuar o quanto quiser.
Mas, sei que também é fraco.
Por mim é capaz de loucuras.
Reciprocidade.
Não temo nada se comigo estas.
Amor que nos alimenta e nos envolve.
Como uma fruta que adoça a alma.
Repito, não é ódio, é só uma revolta interna.
É fácil pra você, mas nem tanto assim pra mim.
Deixa pra lá, vem logo me dá um beijo.
Daqui a pouco tenho que voltar pra casa.
Não me olha assim, sabes muito bem que sou frágil a este olhar.
Não dá pra dizer que te amo,
Sem antes berrar que odeio o fato de você me vencer.
Pois é, a esperta aqui está viciada em te ter.
Amanda F.
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