terça-feira, 13 de novembro de 2012

Platônica

Eu seguro firme as minhas pernas de lutadora.
As veias carregam restos que por mim voam.
Caminhei muito, perdi minhas estrelas.
Ganhei tudo que precisava para continuar.
Foi uma noite serena.
Os vagalumes sambavam no quintal.
Minha boca suspirava as notas que aprendi.
Você feito um cigano, nômade e encantador, seduziu.
Desejava segui-lo nesses sonhos.
Nunca permitiu minhas remotas fantasias.
Hoje sou o resultado das trapaças que me passou.
Vagabunda do amor não correspondido.
Platônica e rasgada por canivetes que cairam do céu.
Ergo a sobrancelha e me pergunto:
Por que diabos sai do bordel ?


Amanda F.

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