Fome de você.
E isso beira a necessidade.
A depravação, a loucura, o querer.
Um instinto feroz de devorar seu corpo,
E me lambuzar na sua pele.
Provar da tua língua,
E satisfazer sua febre.
Apenas sei que não te troco.
Não posso te deixar escapar dessa vez.
Excessivamente me exponho,
E procuro seu toque.
Não me recomponho, me jogo.
E tiro tua gravata com a boca,
Passando meus dedos no seu peito.
É quando fico louca,
E um fogo anormal invade.
Consumida por essa sensação mortífera,
A ira da nossa satisfação.
O calor que aquece e deixa queimar.
Não existe nada capaz de nos parar.
E quando você me morde
Sinto a insana vontade
De olhar nosso reflexo no espelho
Admirando nosso retrato em devaneio.
É quando o ápice desse amor me faz gritar.
Saio de cima do seu corpo a arfar.
A partir dai só quero relaxar,
Te ouvir falar sobre seu dia,
Acariciar seu rosto em frenesi.
Torcer para que a inveja perca o gosto,
E só o doce sabor desse querer nos faça sorrir.
A.F.