segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Versos de um apaixonado
Você que mal sabe de mim,
Recebas estes versos humildes.
Palavras que uso ao meu favor
Para tentar lhe convencer
Que meu peito chora pela tua insensatez,
Que meus sonhos lhe buscam
Todas as noites que me deito.
Nesses vinte e poucos anos
Jamais saberia compreender
A loucura que me habita
Noite e dia, por culpa tua,
Maldita!
Enganosa, porém angelical.
Venenosa, mas docemente sutil em seu mal.
Rosto delicado, de uns olhos cor de mel.
Nos lábios os rios se banham,
No hálito uma brisa do imenso céu.
A sua cor me deixa atormentado.
Ela me parece única,
Tudo em você me afeta,
Me permite ser um infeliz apaixonado.
Um desgraçado!
Admito minha parcela de culpa,
Mas foi teu sorriso que me matou, pequena.
Sei bem, não mereço seu amor.
Vou me alimentando dessa ilusão.
Meu peito não sabe para onde ir,
Apenas te sigo de longe.
Desde quando te reconheci
Foi um tiro certeiro no meu coração.
Destruído, acabado!
Deixou-me assim em pó.
Desnorteado.
Desejando ser teu,
Mesmo que em poemas nunca recitados.
A.F.
Continuar
Leveza.
Nos pulmões um ar mais puro.
Sorrisos frouxos.
Positividade.
De mãos dadas.
Peito aberto.
Sem medo.
Sem vergonha.
Apenas ser.
Diferente.
Revigorante.
Novos ares.
Novo jeito de viver.
Entender um pouco.
Questionar.
Mudar.
Reinventar.
Fazer o certo.
Errar.
Tentar, sempre tentar.
No íntimo se respeitar.
Plantar amor.
Colher bons sentimentos.
Ir em frente.
Continuar.
A.F.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Hole
A verdade que eu não quis escutar.
Foi tudo repetido, escrito e relido.
Para que se fizesse entendido.
Para não haver desculpas.
As coisas breves que nos uniram
Também nos afastaram
E por fim trouxeram tudo aqui.
O início de um amor e o seu fim.
A tragédia pré-anunciada.
A singularidade dos pequenos detalhes.
As minuciosas palavras.
O que fez reacender a esperança,
E o que fez o fogo apagar.
Um buraco bem fundo,
Que com meus pés imundos
Me atrevi a cavar.
A.F.
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